Artigos e Vídeos


Voltar para Artigos

Como eliminar seus maiores medos

Postado em 04 de Dezembro de 2019 - de Mariana Liberatti da Silva - Professora de Inglês e Master Practitioner em PNL

Só quem já sentiu aquele frio na barriga que o medo traz pode saber quão desesperador é perceber que estamos prestes a ter que lidar com ele. Pois é, a minha relação com as agulhas e o sangue que corre pelas minhas veias sempre foi assim: bastava pensar que eu seria furada ou imaginar aquele líquido vermelho e quente indo em direção a um tubo de ensaio que, pronto, já ficava branca como uma folha de papel, sentindo enjoos, tontura e uma intensa vontade de chorar. Caso você esteja lendo este artigo e se identifique, calma! A Programação Neurolinguística, que estuda a estrutura da experiência subjetiva do ser humano, através de uma ferramenta chamada ancoragem, salvou a minha pele!

A ancoragem é um processo em que se estabelece uma ligação entre os estímulos externos provenientes dos nossos cinco sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato) e um estado interno (como nos sentimos). Quantas vezes o nosso coração já não bateu mais rápido ao ouvirmos o som de uma música ou nossa boca salivou ao sentirmos o cheiro daquela comida que tanto gostamos? Acontece que isso não está atrelado apenas às sensações positivas, mas também às negativas, porque nossa mente está fazendo associações o tempo todo e a cada nova situação que vivemos estes “gatilhos” são disparados e lá vem uma mudança emocional.

Foram escolhidos dois pontos no meu braço para que, através do tato, pudéssemos criar conexões cinestésicas para as emoções (positivas e negativas) que iriamos trabalhar e assim, com um simples toque nesses “botõezinhos”, eu pudesse me conectar com a sensação ou sentimento que eu já havia tido. Escolhi lidar com a minha insegurança, o meu medo do desconhecido e com a minha falta de confiança. Imaginem a minha surpresa quando, após a programadora (como chamamos a pessoa que aplica as técnicas de PNL) ter apertado os dois pontos ao mesmo tempo, eu só identificar as emoções positivas de amor-próprio, confiança, coragem e uma grande dose de “permita-se”.

Como a vida é sempre sábia, no dia seguinte lá estava eu em um laboratório esperando para fazer uma ressonância magnética e ouvindo a seguinte frase: “senhora, teremos que fazer uso de contraste”. Pronto! Num piscar de olhos o modo descontrole total das minhas emoções, aliado ao medo, havia sido ativado e mais uma vez eu pensei que me daria mal. Mas então algo novo aconteceu: resolvi utilizar aqueles novos botõezinhos que agora eu possuía. Comecei me afastando emocionalmente daquela cena e do medo que crescia e lá se foi a primeira tentativa, na qual, a enfermeira não conseguiu puncionar a minha veia. Aquele pensamento apareceu mais uma vez: e agora? Decidi então pressionar os dois pontinhos no meu braço ao mesmo tempo e pouco a pouco, eu me vi respirando com tranquilidade, suando frio e com o coração acelerado, mas com controle sobre as minhas emoções.

Mais três furos me foram feitos naquele domingo e, ao invés de me machucarem, me fazerem chorar ou desfalecer, me trouxeram um gostinho da doce liberdade de não temer tanto da próxima vez em que eu precisar passar por isso e a alegria de saber que agora, totalmente consciente, posso escolher o melhor caminho a seguir, com a certeza de que quanto mais expandimos a nossa mente, melhor nos tornamos para nós e para todos aqueles que pertencem ao universo que nos cerca.

Voltar para Artigos